Foi num roteiro de mota pela Ilha de São Miguel que nos rendemos aos encantos de um dos lugares mais preciosos de Portugal. Rumámos aos Açores para uma expedição à terra mágica dos vulcões e voltámos com muito para partilhar.
Situados a meio caminho entre as Américas e a Europa, os Açores são um oásis vulcânico em pleno Oceano Atlântico. Constituem um arquipélago formado por 9 ilhas: Corvo, Flores, Faial, Graciosa, Pico, São Jorge, Terceira, Santa Maria e São Miguel. São Miguel é a principal porta de entrada nos Açores, a maior ilha do arquipélago e a por nós eleita para um passeio em duas rodas. Há um antes e um depois de uma viagem de mota aos Açores.



Ilha de São Miguel, Arquipélago dos Açores, Portugal
A rota através da maior ilha do arquipélago descobre crateras de vulcões, piscinas geotermais, praias de areia preta, lagoas vulcânicas, estradas ladeadas pelas hortênsias de cores vivas e inúmeros recantos naturais únicos. Aqui a natureza foi brava e generosa em simultâneo, e a ilha exibe com distinção alguns dos locais mais belos do mundo.



Sobre São Miguel
Forjada a partir das profundezas da Terra pelas lavas basálticas que durante milénios modelaram a paisagem, passear pela Ilha de São Miguel é descobrir um mundo mágico e intrigante.
A intensa actividade vulcânica da antiguidade ofereceu uma generosa trégua às populações, e hoje, com os vulcões ligeiramente adormecidos, a ilha usufrui de uma humidade permanente que estimula o crescimento das árvores, hortênsias, fetos, e muitas outras plantas. As cores dominantes alternam entre o vermelho forte dos solos, o preto das rochas, o verde da vegetação intensa e o arco-íris de tons de todas as hortênsias, lírios, azáleas e afins.
A agricultura é uma das principais actividades da ilha. De solos ricos e férteis, com uma ajuda de condições climatéricas favoráveis, a ilha é repleta de campos de pastagem, plantações de chá, inhame, maracujá, bananas e ananás. Os queijos, leite, as compotas, as infusões e as frutas tropicais são algumas das delicias que o nosso palato jamais esquecerá.
De natureza tão espectacular quanto diversificada, por lá é impossível dissociar os encantos da terra e do mar. Se por terra nos perdemos numa imensidão de locais espectaculares, praticamente a partir de todos eles temos a oportunidade de contemplar o azul intenso do gigante Atlântico como pano de fundo. Todo ele detentor de uma fauna marinha incrivelmente rica, desde os deliciosos peixes e mariscos frescos que nos chegam à mesa em muitos bons restaurantes da ilha, aos gigantes dos mares que prosperam nas profundezas das suas águas: baleias, cachalotes, tubarões e golfinhos, são alguns dos presentes.
5 dias num roteiro de mota pela Ilha de São Miguel
Entre as principais atracções de São Miguel, destacam-se a Lagoa das Sete Cidades e as Furnas, localizadas em extremos opostos da ilha. Percorremos a ilha de ponta a ponta e recomendamos muito mais do que apenas os seus locais mais divulgados. A ilha é pequena em território, mas imensa em beleza e locais a descobrir. Após 5 dias por terras açorianas, voltámos com a certeza de que muito pedacinho de paraíso ficou por revelar.
Em cenário de tamanha riqueza, era para nós uma absoluta certeza de que pela ilha iríamos encontrar um dos mais fantásticos passeios de mota que tivemos oportunidade de realizar. As pequenas estradas que unem todos estes recantos são repletas de perfeição em todos os sentidos e conduzem-nos pela ilha revelando-lhe os seus segredos e tesouros mais bem guardados. Partilhamos como sempre todos os detalhes do nosso roteiro.


Mapa Interactivo do roteiro de mota pela Ilha de São Miguel
Para consultar o mapa em detalhe, clique sobre ele ou utilize o canto superior direito para abrir directamente na página do Google Maps. Poderá fazer o zoom necessário para ver a rota em pormenor.
Roteiro detalhado de viagem de mota pela Ilha de São Miguel
Dia 1 – Chegada a Ponta Delgada – Visitar ao centro da cidade – Levantar a mota na agência de aluguer | 0 km
A chegada ao arquipélago na Ilha de São Miguel é feita pelo Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada. Capital da ilha à beira mar plantada e um centro urbano com grande expressão, Ponta Delgada é uma cidade com um pequeno centro histórico por onde vale a pena um passeio. As Portas da Cidade são o local de todos os pontos de encontro e uma das principais imagens da cidade.
Os edifícios e monumentos construídos aos estilo tradicional, revestidos e adornados pelas lajes de pedras basálticas de cor escura, são a imagem da região, definindo um padrão arquitectónico inconfundível que se sente em primeira mão pelas ruas da capital. A marina, a gigante avenida à beira mar, as lojas, os restaurantes e todos os serviços que uma grande cidade pode oferecer por lá se encontram.
Locais de interesse em Ponta Delgada
- Portas da Cidade de Ponta Delgada
- Jardim José do Canto
- Jardim António Borges
- Forte de São Brás de Ponta Delgada
- Igreja Matriz de São Sebastião
Sugestão de Alojamento em Ponta Delgada
- Grand Hotel Açores Atlântico
- Urban Apart – Azores
- Quinta de Santa Clara
- Hostel Pés Verdes-Alojamento e Chá
- PJA – Ponta Delgada Youth Hostel
Sugestão de Restaurante em Ponta Delgada e zona oeste da ilha
Ponta Delgada
Candelária
- Restaurante o Raiao, Candelária (apenas almoço e recomendável numa visita à região de Sete Cidades)
Dia 2 – Ponta Delgada – Aqueduto do Carvão – Lagoa do Canário – Miradouro Boca do Inferno – Lagoa de Sete Cidades – Mosteiros – Piscina Natural da Ponta da Ferraria – Miradouro Vista do Rei – Ponta Delgada | 100 km
Apesar de ser uma bela cidade e representar um óptimo passeio por entre ruelas, é para lá dela que as imagens que revestem o nosso imaginário se encontram. Não muito longe das Portas da Cidade, encontramos um mundo verde de natureza luxuriante que nos encanta ao expor a verdadeira essência açoriana.
Deixando para trás Ponta Delgada, entramos num terreno ondulado, povoado pelas vacas que pastam nos prados verdejantes, cercados por densas florestas e vegetação intensa com flores de cores garridas. A partir daqui, para onde quer que vire existirá uma rota panorâmica que promete e o nosso objectivo é percorrer tantas quanto possível!
Rumámos à Lagoa das Sete Cidades pela pequena estrada ER8 e, apesar da uma curta distância percorrida, a riqueza do percurso faz-nos sentir que percorremos quilómetros e quilómetros de variedades. Andar de mota pelos Açores requer tempo. Tempo para contemplar, tempo para estacionar a mota e visitar os locais inacessíveis pelas estradas, tempo para conversar e tempo para viver o momento.

Miradouro do Pico do Carvão e Aquedutos
O Aqueduto do Carvão e do Muro das Nove Janelas foram os primeiros a fazer-nos estacionar. Entre os campos esverdeados e colunas de pinheiros alinhados, surgem os enigmáticos aquedutos parte do património hidráulico da ilha. Revestidos de inúmeras espécies de musgos e tapetes de flores é como se exibissem um mini jardim botânico nas suas arcadas. Um pouco por toda a ilha surgem as construções de outrora, actualmente substituídas por meios mais modernos para o transporte de água para a população.


Lagoa do Canário e o Miradouro da Boca do Inferno
É um dos mais espectaculares de São Miguel e também um dos mais divulgados. Por lá se encontram os cenários que correm o mundo quando dos Açores se fala, e é por lá também, que muitos visitantes da ilha se encontram.
Com vista privilegiada para a Lagoa das Sete Cidades, é a partir da Boca do Inferno que o horizonte se abre e exibe as grandes Lagoas Azul e Verde, seguidas pelas pequenas Santiago e Rasa. Acessível após uma caminhada de cerca de 10 minutos, entre a Lagoa do Canário e o Miradouro, percorra o pitoresco trilho na floresta inserido no cume da cratera do Vulcão das Sete Cidades. De um lado floresta cerrada de pinheiros e preenchida por hortênsias coloridas, do outro o precipício abrupto e eminente que outrora expeliu fogo desde o coração da Terra. Mais simbolismo é impossível e este é um lugar de histórias.


Sete Cidades e a Vista do Rei
O percurso continua por entre jardins encantadores até Sete Cidades, a aldeia situada nas margens das lagoas. A estrada ER9 separa a Lagoa Verde da Lagoa Azul e por lá uma paragem é obrigatória. Por entre o casario tradicional surgem os alojamentos turísticos, os restaurantes e todos os serviços que revelam que este é um local onde o turismo cresce exponencialmente.
Seguimos de novo até à cumeada para outro dos miradouros mais cobiçados do local, o Miradouro da Vista do Rei. Entre o miradouro e Sete Cidades, existe espectacular percurso fora de estrada que nos leva a caminhar em altitude no topo da cratera vulcânica. De um lado a vista para o Atlântico e as aldeias de Ginetes e Mosteiros, do outro as lagoas e a aldeia de Sete Cidades. O trânsito é apenas permitido a proprietários e o percurso não é aconselhável a motas com pneus de estrada. Em especial se choveu em dias anteriores.




Piscinas Naturais da Ponta da Ferraria
No extremo sudoeste da ilha, bem a caminho da saída das Sete Cidades, estão as Piscinas Naturais da Ponta da Ferraria, entre as aldeias de Mosteiros e Ginetes. Toda a zona costeira da ilha de São Miguel, é caracterizada pelas falésias escarpadas de rocha de cor escura, o tom característico das rochas basálticas.
Com um desalinhamento natural, provocado pela erosão e queda de rochas, as zonas de praia apresentam um caos de beleza característica. Pontualmente, surgem as praias de areias escuras (Mosteiros) ou piscinas naturais (Ponta da Ferraria), e nesse caso, aproveitar é obrigatório!
Na Ponta da Ferraria encontramos um local excepcional para testemunhar uma vez mais, os fenómenos vulcânicos na ilha. O escoamento de lava pela falésia em direcção ao mar originou a formação de piscinas naturais e suas águas termais. A rondar os 30º, o calor dos rochedos aliado à água do mar que oscila com as marés, são uma experiência de banhos revigorante.
Dia 3 – Ponta Delgada – Lagoa do Fogo – Salto do Cabrito – Caldeira Velha – Ribeira Grande – Visita à Fábrica de Licores Mulher do Capote – Rota da Coroa da Mata – Lombadas – Monte Escuro – Lagoa do Congro – Plantações de Chá da Gorreana – Miradouro do Salto do Cavalo – Miradouro Pico do Ferro- Furnas | 120 km
Num logo mas recompensador dia rumámos ao coração da ilha onde, através de inúmeros fenómenos naturais, nos foi garantida uma aula a céu aberto de vulcanologia, em pleno passeio de mota. Entre a Lagoa do Fogo e as Furnas, explorámos a parte central de São Miguel e perdemos-nos pelas histórias e paisagens que tanto fascinam. As estradas? As estradas levam-nos aos locais mais remotos, onde cruzar-se com vivalma é raro, mas onde a natureza é vigorosa e exuberante. Just ride.



Rota pelas maravilhas do Vulcão e Lagoa do Fogo
É pela Serra de Água de Pau e arredores, localizada na zona central da ilha, que o Vulcão do Fogo exibe toda a sua graça. No ar pairam os resultados da sua bravura. A rainha da paisagem é a Lagoa do Fogo, uma caldeira vulcânica resultante do colapso da cratera principal do vulcão que hoje se encontra preenchida por água.
O Vulcão do Fogo, é um dos três de São Miguel e o responsável pela paisagem na zona central da ilha. Apesar da sua última erupção remontar ao século XV, é caracterizado pela existência de manifestações secundárias de vulcanismo possíveis de observar a céu aberto. Fascinantes não importa quantas vezes as encontre. Campos de fumarolas (Caldeira Velha, Caldeira da Ribeira Grande Pico Vermelho), nascentes termais (Caldeira Velha), nascentes de água gaseificada (Lombadas) e águas de desgaseificação através do subsolo que nos fazem suspeitar de um enorme potencial geotérmico.


Estrada da Lagoa do Fogo
Se estivéssemos em qualquer outro lugar do mundo, especialmente divulgado em rotas moto turísticas, a estrada EN5-2A seria com certeza apelidada de Passo dello Fogo, Fogo Pass ou Col du Fogo. Como está esquecida na pequena região insular perdida no Atlântico, não tem um nome à altura da sua grandeza, das paisagens que atravessa e do prazer que nos oferece ao percorrê-la.

A estrada liga Lagoa, no sul da ilha, a Ribeira Grande, no norte, e prolonga-se de forma sinuosa, subindo e descendo as encostas abruptas do Vulcão do Fogo, em torno da lagoa com o mesmo nome. Qualidade irrepreensível de pavimento, panoramas dignos de qualquer capa de revista e geometria a desafiar a nossa capacidade de condução. Tudo o que é preciso para estar na lista das melhores de sempre. Se vai a São Miguel, suba e desça esta estrada. E suba e volte a descer!
Lombadas e Monte Escuro
Um dos locais mais secretos da ilha e também um dos mais belos. A pequena estrada das Lombadas conduz-nos por uma estrada sem saída, que se prolonga em altitude com vista panorâmica para as encostas escarpadas da cratera do Vulcão do Fogo. Depressa nos leva a uma descida abrupta até ao pacato vale onde a nascente de água gaseificada das Lombadas se encontra.


Voltar para trás não é sacrifício e por lá continuamos para a misteriosa Rota do Monte Escuro. O percurso honra o seu nome ao atravessar uma das florestas mais húmidas e sombrias da ilha. Com um pavimento que mistura o preto do betuminoso com o verde dos musgos que nele crescem, percorremos um local de vegetação intensa, de matas de pinheiros cerradas de tal forma que criam a perfeita escuridão por entre esguios troncos. Segue-se a Lagoa do Congro antes de rumar novamente às portas do oceano, na Gorreana.



Plantações de Chá da Gorreana
Diz a história local que é uma das mais antigas plantações de chá da Europa e actualmente, das únicas. Os campos de chá da Gorreana usufruem de um clima e localização privilegiadas que lhe conferem a riqueza da sua produção. É possível visitar gratuitamente os seus campos de cultivo, sempre com vistas para o mar, assim como a fábrica onde é produzido. Hectares de socalcos preenchidos pelas vigorosas plantas de chá, criam um panorama que vale a pena apreciar.
Miradouro do Salto do Cavalo e do Pico do Ferro
Segue-se o caminho até ao afamado Vulcão das Furnas e a todos os fenómenos geológicos a ele associados numa das mais conhecidas zonas da ilha de São Miguel. Ambos os miradouros, Salto do Cavalo e Pico do Ferro, oferecem à sua maneira os melhores panoramas sobre a Lagoa das Furnas. A estrada que até eles nos conduz, é estreita mas charmosa. Segue ladeada de hortênsias e oscila entre florestas e colinas verdejantes onde o gado nos observa indignado. Malucos de mota?! Certo, somos nós.





Sugestão de restaurante em Ribeira Grande
- Restaurante Associação Agrícola (ideal para almoço em Ribeira Grande)
Dia 4 – Furnas – Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões – Nordeste – Farol do Arnel – Miradouro Ponta do Sossego – Miradouro Ponta da Madrugada – Faial da Terra – Lagoa das Furnas – Parque Terra Nostra Furnas | 100 km
Em pleno no Vulcão das Furnas, pela pequena cidade com o mesmo nome se encontram uma das mais intrigantes manifestações de vulcanismo secundário nos Açores: a fumarolas de águas e lamas quentes (quem diz quentes, quer dizer mesmo a ferver do tipo a borbulhar).

É também a região onde o apetitoso cozido das Furnas é cozinhado. A carne e os legumes são colocados numa panela e levados a cozer em poços no interior da terra através do calor provocado pelo geotermismo. Após cerca 6 horas de confecção, é servido às mesas dos restaurantes da região. No seu sabor, é o suave traço do enxofre que lhe confere o sabor único e especial.


Deixamos para trás as Furnas, onde recomendamos voltar para pernoitar e usufruir dos banhos termais da aldeia. Rumamos ao nordeste da ilha pelas pequenas estradas que atravessam o Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões. De olho no mar, no verde dos campos e no esquema florido que nos acompanha um pouco por toda a ilha. São Miguel é assim, um passeio de mota de encantos.



Farol do Arnel
Quase passa despercebido aos mais distraídos com a condução por um estrada de traçado soberbo. Mas, o miradouro do Farol do Arnel está logo ali, à distância de poucos passos da estrada principal. De lá, de imediato se alcança o abismo do outro lado. Estamos no topo de um promontório rochoso que nos abre o horizonte até que os nossos olhos não consigam separar o azul do oceano e do céu. No fundo, elegante e empoleirado, está o Farol do Arnel.

O acesso ao farol é possível através de uma pequena estrada de inclinação acima da média. Detalhe pouco valorizado aquando a descida. No entanto, não é necessário muito tempo para que se compreenda o alerta da sinalização. Recomenda-se mesmo a visita pedonal. Sobre rodas, este é um local impróprio a cardíacos!

Parque Terra Nostra – Furnas
O regresso às Furnas é feito em boa hora. Hora de desfrutar de um final de dia no interior de um dos jardins botânicos mais ricos do mundo: o Terra Nostra. Um jardim bicentenário, instalado em pleno na cratera do vulcão das Furnas e obra do antigo Cônsul Honorário dos Estados Unidos em São Miguel, Thomas Hickling.
No seu interior é o grande tanque de água quente e os cursos de águas termais que nos convidam a uma estadia demorada. Em redor, um jardim repleto de árvores, arbustos, musgos e todo o tipo de flores e vegetação possível de imaginar. É um paraíso verde e um museu vivo. Escolha um alojamento na aldeia, e deixe-se relaxar.
Sugestão de Alojamento nas Furnas
- Terra Nostra Garden Hotel
- Furnas Boutique Hotel – Thermal & Spa
- Hotel Vale Verde
- Parque de Campismo das Furnas
Sugestão de Restaurante nas Furnas
Dica: Para garantir que prova o famoso cozido das Furnas, é aconselhável reservar num dos restaurantes locais.

Dia 5 – Furnas – Vila Franca do Campo – Porto da Caloura – Lagoa – Ponta Delgada – Entrega da mota na agência. Partida de Ponta Delgada | 60 km
De saída das Furnas pelas margens da lagoa, rumámos ao sul da ilha para percorrer a estrada costeira que nos levaria a Ponta Delgada. As queijadas de Vila Franca do Campo e a visita à Ermida da Senhora de Nossa Senhora da Paz eram as paragens seguintes.
A enorme escadaria que culmina na pequena igreja açoriana, é visível através de inúmeros locais à chegada a Vila Franca do Campo. A visita ao local é a oportunidade de apreciar não só a beleza dos seus traços arquitectónicos, como o seu simbolismo religioso e os panoramas avassaladores que oferece. Repleta de hortênsias em flor, com vistas para o Ilhéu de Vila Franca instalado a curtos passos da costa, estacione a mota no parque e dedique-lhe tempo de contemplação.



O percurso continua com vistas para o mar e com a chegada à hora do almoço, é num dos restaurantes mais fabulosos da ilha que recomendamos que se despeça de São Miguel, num belo repasto. À beira mar situado, no Restaurante Borda D’Água, encontramos um dos melhores locais para nos deliciarmos com o peixe fresco do Atlântico. Suculento, saboroso e deliciosamente simples, qualquer que seja o peixe do dia será grelhado na perfeição e acompanhado com os pitéus locais.

Sugestão de Restaunte em Lagoa
O nosso roteiro de mota pela Ilha de São Miguel por aqui terminou. E foi nos escritórios da Azores Easy Rent que entregámos a nossa companheira de duas rodas que nos conduziu por uma viagem de sonhos. Por lá, encontrámos uma equipa profissional, de simpatia extrema e que nos facilita a vida oferecendo serviço de transfer entre aeroporto e alojamento.


Informações práticas sobre o roteiro de mota pela Ilha de São Miguel
Estimativa de custos da viagem
Duração: 5 dias
Quilómetros totais: 400 km
250€ ≈ Viagem de avião ida e volta Lisboa – Ponta Delgada (2 pessoas)
140€ ≈ Aluguer da moto (4 dias x 35 €/dia) (1 capacete incluído, possibilidade de aluguer do restante equipamento) +info aqui.
300€ ≈ Alojamento para 2 pessoas
250€ ≈ Refeições considerando 1 refeição volante por dia e 1 refeição em restaurante para duas pessoas
40 € ≈ Combustível com preço médio da gasolina 1.51 €/l consoante tabela em vigor nos Açores)
18 € ≈ Entradas no Parque Terra Nostra (gratuito para hóspedes do hotel)
Total para 2 pessoas 1 mota ≈ 1000 €
O que levar na bagagem
♦ Apesar de ser possível alugar uma moto com malas laterais, a nossa escolha recaiu para dois modelos da Motoguzzi (V9 e Griso), sem essa facilidade. Como tal fomos prevenidos levando uma mochila impermeável para transportar o necessário para o dia.
♦ Fato de banho com menor valor sentimental para mergulhar nas caldeiras de águas alaranjadas. As lamas quentes arruinarão qualquer modelito.
♦ Botas e calçado confortável para as pequenas ou grande caminhadas nos trilhos de acesso aos miradouros e afins.
♦ Levámos o nosso próprio equipamento na bagagem de porão do avião. Luvas, casacos, capacetes e fatos de chuva.
Estradas na Ilha de São Miguel
♦ Todo o percurso partilhado, foi realizado em estradas pavimentadas de grande qualidade. Apenas casos pontuais de estradas mais remotas se encontram o pavimento mais deteriorado, mas nada que nos impeça de o percorrer com uma mota com pneus de estrada. (Lombadas e Monte Escuro).
♦ Em dias de chuva é necessária especial atenção nas estradas com grande inclinação ou revestidas por calçada romana (Lombadas).
De mota tudo é melhor e nos Açores não é excepção. A liberdade que nos oferece e a sensação de fazer parte da paisagem é um sentimento único e viciante. Não importa a quantas intempéries estaremos expostos, quando o sol voltar a brilhar tudo valerá a pena.

Excelente! Para mm, que não conheço os Açores, é uma total Novidade e uma total Surpresa. A riqueza que esse Lugar nos apresenta é Extraordinária! No meio disto tudo, a experiência de percorrer a Ilha de Mota, com os Vs. muito úteis conselhos, só nos deixa uma alternativa possível. Marcar já uma Viagem para São Miguel!!
As ilhas açorianas são mesmo extraordinárias em tudo: natureza, pessoas, paisagens, estradas e comida! E sim, recomenda-se que marque já uma viagem a São Miguel e percorra a ilha de mota. Passeio único!
Realmente os Açores é um dos locais bonitos do Mundo, recomenda-se vivamente.
Chegamos agora da Terceira e confirma-se estamos apaixados por estes pedaços do Mundo.
Parabéns mais uma excelente reportagem, obrigado foi muito bom recordar.
Um abraço,
João & Carla
Olá João & Carla! Muito obrigado por acompanharem o nosso blogue, e sim, os Açores são lindos! Também conhecemos a Terceira, mas ainda não de mota 😉
Pena não vos ter conhecido na vossa passagem em São Miguel nos Açores, o vosso blog é excelente e muito completo, vou seguir as vossas dicas na minha próxima viagem com amigos para o Continente para a N2 este ano, muitos parabéns pelo vosso trabalho e espero vos ver de novo pelos Açores, abreijos.
Muito obrigado por acompanhar o nosso blogue Pedro! Adorámos os Açores! A Ilha de São Miguel é linda. Não foi a primeira vez que visitámos e não será a última. Mas desta vez foi especial pois andámos de moto! Boa viagem até ao Continente e qualquer ajuda, disponham! Boas curvas e Um Feliz 2019