Com as duas rodas em Espanha, bem a sul na região da Andaluzia, vivemos uma viagem de descoberta, rodeados pela exuberância natural de um país diversificado e fascinante. Sempre guiados pelas belas e ousadas estradas que por lá se multiplicam, num mundo onde as influências cristãs e muçulmanas se cruzam criando algo único. Por cerca de 2500 km, durante 7 dias de viagem de mota pela Andaluzia, percorremos locais mágicos, vivemos experiências maravilhosas, atravessámos parques naturais sublimes, contemplámos templos megalíticos intrigantes, conhecemos recantos históricos fabulosos e percorremos estradas remotas, de panoramas inesquecíveis, ao nível das melhores estradas da Europa.
Ao ritmo das duas rodas e de coração cheio, construímos um roteiro que muito recomendamos para uma viagem aqui ao lado. Partilhá-lo o melhor que conseguimos é a nossa missão.





Sobre a Andaluzia
A Andaluzia é uma comunidade autónoma de Espanha, situada a Sul do país, banhada pelo Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo. Huelva, Cádiz, Sevilha, Córdoba, Granada, Jaén, Almeria e Málaga são as grandes cidades que a representam. Também as que nos surgem no imaginário sempre que da Andaluzia falamos. Para onde seguir? Para todas, se possível!


Cruzar a fronteira de Portugal até à Andaluzia, não nos traz de imediato um sentimento de contraste. Afinal, o nosso Alentejo partilha da mesma herança cultural e paisagística da sua vizinha espanhola. É necessária uma viagem mais demorada para lhe apreciar as diferenças. Que na verdade são muitas. Gradualmente, quilómetro a quilómetro, muitos são os cenários distintos que tornam esta região de Espanha, num pedacinho de céu!
Pelos quilómetros que percorrem a sua extensão, sucedem-se zonas de parques naturais protegidos, preciosos monumentos da antiguidade, estradas desertas de qualidade soberba e uma deliciosa gastronomia mediterrânica. A Andaluzia é um destino comum a muitos motociclistas, vindos do Norte da Europa, em busca do sol de Inverno e das estradas alucinantes que por lá se encontram. Nós, que estamos aqui ao lado, devemos dar-lhe a mesma credibilidade. Porque merece!


A Andaluzia e o mundo árabe que a envolve
Asseguramos que a Andaluzia é um destino de boas curvas e boas descobertas. E, acrescentamos: por lá são inúmeras as vezes em que sentimos que atravessámos o mar e percorremos as estradas de Marrocos.
Porquê? Porque além das semelhanças da paisagem natural, também a herança dos tempos em que se encontrou sob domínio árabe está bem enraizada nos seus costumes. Edifícios, monumentos, gastronomia e cultura estão irreversivelmente influenciados pelos tempos em que integrava a Al-Andalus (o nome dado pelos muçulmanos à Península Ibérica durante a sua ocupação). Apreciar-lhe a riqueza e beleza incomensurável é algo que nunca será demais. Esculpida ao detalhe, pelas mãos dos grandes artistas dos nossos antepassados, por lá tudo é belo. Um museu a céu aberto de monumentos e paisagens naturais.
A terra de oliveiras e amendoeiras
De paisagem árida, fustigada pela escassez de água e pelas altas temperaturas, a Andaluzia é salpicada por extensões infinitas de olivais e amendoais. Para onde quer olhe, e tão longe quanto os seus olhos alcancem, lá está a Andaluzia. Por sua vez, e apesar das condições extremas, não há recanto nesta região que não esteja cuidadosamente aproveitado e cultivado. À medida que se progride em altitude, oliveiras e amendoeiras vão dando lugar às verdes florestas de coníferas. Mas não passamos muito tempo sem voltar a ver: oliveiras e amendoeiras!
Nas clareiras das florestas e nos vales junto aos ribeiros, aparecem as aldeias caiadas de branco, contornadas por hortas domésticas que se assemelham a pequenos oásis. A nossa viagem de mota pela Andaluzia foi realizada durante a Primavera. Nesta estação do ano em particular, somos brindados pelas árvores em flor e os panoramas tornam-se ainda mais divinos.
Mais para sul, no extremo sudeste da Andaluzia, respiramos outros ambientes e outras paisagens. Esta é a zona mais selvagem e mais enigmática. Entramos em pleno na região onde um dos poucos Desertos da Europa se encontram. Misticidade, secretismo e o silêncio do deserto. Sim! O silêncio do deserto! Algo indescritível, apenas quebrado pelo ecoar do nosso motor assim que rodamos a chave seguindo para mais uma etapa.



Siga até ao Sul de Espanha, prometemos que cada quilómetro será inesquecível. Partilhamos de seguida o nosso roteiro detalhado, acompanhado de algumas dicas, para que possa seguir as nossas rodadas. Boas curvas!
Dia 1 – Batalha – Sevilha | 450 km (5 horas de condução em auto estradas)
A Andaluzia é aqui ao lado. No entanto, para alcançar o Sul de Espanha é sempre necessário fazer um monótono caminho através das vias rápidas e auto estradas disponíveis. Isto, se como nós, viaja com tempo limitado e pretende optimizar os dias no destino final.
Sevilha é uma cidade repleta de boas razões para por lá pernoitar. Para nós, o ponto ideal para iniciar um roteiro de mota pela Andaluzia.
O culto do tapeo
A necessitar de motivação adicional? Podemos adiantar que por lá existe o culto do ”tapeo”. Um petiscar em modo passeio: aqui uma fatia de presunto, ali uma mini tortilla. Acolá umas azeitonas e mais à frente uma tostinha de salada de gambas. Uns peixinhos avinagrados ou uma fatia de chouriço. E assim por diante.
Estacionar a mota no hotel mais próximo é aconselhado. Seguir caminhando conhecendo a monumentalidade da cidade e saboreando os seus petiscos é obrigatório!
Não foi a primeira vez que viajámos de mota pela Andaluzia (roteiro anterior aqui) e por isso, outras vezes já percorremos as ruas de Sevilha em modo de petisco constante. Se para si esta é a primeira vez na cidade, é altamente recomendado que por lá pernoite. Mas se não é a primeira vez que visita a cidade do flamenco, pernoite por lá na mesma pois actividades não faltarão!
O que visitar em Sevilha
- Catedral de Sevilha
- La Giralda
- Al Alcazar
- Praça de Espanha
Alojamento em Sevilha
- AC Hotel Sevilla Forum, a Marriott Lifestyle Hotel
- Hotel Sevilla Center
- Samay Hostel Sevilla
- Sevilla Green suites
- La Casa del Maestro Boutique
Dica:
💰 Se o seu ponto de partida está no centro ou norte do país, recomenda-se que siga o caminho para sul pelo lado espanhol, mesmo que isso implique alguns quilómetros extra. Porquê? Porque as auto estradas espanholas na região são gratuitas, ao contrário das portuguesas.
💰 O combustível em Espanha é consideravelmente mais barato, pelo que além de não ter despesa em pagar a auto estrada, também a poupança no combustível será significativa. Na hora de abastecer, procure os postos de combustível fora das auto estradas. À semelhança de Portugal, também esses são mais baratos.
Dia 2 – Sevilha – Zahara de La Sierra – Puerto de Las Palomas – Grazalema – Setenil de las Bodegas – El Chorro (Caminitos d’El Rey) – Antequera – El Torcal de Antequera| 270 km (5 horas de condução em estradas secundárias)
O apetite regressa na manhã seguinte mas, desta vez, alimentado pelo desejo de, em duas rodas, partir à descoberta da Andaluzia. Começámos um novo dia seguindo rumo ao Parque Natural da Sierra de Grazalema, onde a famosa Ruta de los Pueblos Blancos se destaca.
Por lá, demos um saltinho aproveitando para desfrutar das estradas icónicas da região: Puerto de Las Palomas é uma delas. O fabuloso percurso que une em modo curvilíneo as aldeias de Grazalema e Zahara de La Sierra. A estrada entra no coração do parque natural, com vistas para a Barragem de Zahara, entre os rochedos calcários aguçados num traçado serpenteante. O primeiro trajecto rural e de montanha da região.




Dica:
Como referimos anteriormente, não foi a nossa primeira viagem pela Andaluzia. Desta forma, neste roteiro excluímos a passagem por Ronda que se encontra a poucos quilómetros deste ponto e é facilmente integrada neste roteiro. Mais info aqui.
Das Cordilheiras Béticas ao Torcal de Antequera
Continuámos seguindo para Este, pelas Cordilheiras Béticas rumo aos Caminitos d’el Rey de Ardales, onde uma das mais impressionantes gargantas rochosas de Espanha se encontra. Seguimos pela Rota do Megalítico na região de Antequera, onde as estradas nos levam a conhecer um dos sítios pré-históricos mais valiosos e reconhecidos de toda a região da Andaluzia.


Galgámos as montanhas frondosas, repletas formações cársicas únicas, por uma estrada de montanha que é o prazer das duas rodas: El Torcal de Antequera. Num dia longo e revigorante, por lá vivemos mil e uma sensações por entre mil e um cenários distintos e icónicos.




Alojamento em Antequera
- Cortijo Carrilo (a nossa opção)
- Parador de Antequera
- Finca Eslava
- Cortijo Los Dolmenes
Alojamento em Grazalema (Pueblos Blancos)
Dica:
Visitar os Caminitos d’El Rey para lá da estrada que atravessa a região é recomendado para quem aprecia uma grande caminhada. O percurso, famoso pela sua ousadia por entre as gargantas rochosas da região, requer tempo de visita e reserva de entradas (mais info aqui). Caso pretenda realizar o percurso pedestre, sugere-se que reserve pelo menos 4h do dia para essa actividade. Inevitavelmente, o local de dormida desta etapa terá de ser alterado para as proximidades.
Dia 3 – Antequera – Parque Megalítico de Antequera – Sierras Subbéticas – Santuario de Nuestra Señora de la Sierra – Zuheros – Cueva de los Murciélagos – Alcalá la Real – Granada | 250 km (4 horas de condução em estradas secundárias)
Um novo dia amanhece em Antequera. Cada vez mais afastados das comuns rotas turísticas de região, é a partir deste ponto que entramos numa outra face da Andaluzia: a deserta e longe do turismo de massas.
Não deixámos Antequera sem antes visitar o Parque Megalítico de Antequera. Gratuito e carregado de interesse histórico, este é um local de fascínio e contemplação a alguns dos mais bem preservados dólmenes da pré-história. E espreitar a ”cabeça da velha”? Consegue apreciar? É a montanha que se vislumbra no horizonte, perfeitamente enquadrada com a entrada do dólmen. Passa despercebida aos mais distraídos.


Sierras Subbéticas
Pelas Sierras Subbéticas, em torno de muitas pequenas cidades históricas empoleiradas, como Alcalá la Real, Zuheros ou Priego de Córdoba, atravessamos mais uns quilómetros de estradas maravilhosas.
Ora entre infinitos olivais ora entre infinitos amendoais, somos guiados por entre picos rochosos de montanhas avassaladoras. A seus pés o ar pitoresco das suas aldeias caiadas de branco e os seus extensos e bem cuidados campos de cultivo.
As pequena estradas de acesso ao Santuário de Nuestra Señora de la Sierra e à Cueva dos Murciélagos, no extremo montanhoso oposto, são os pontos altos da região. Ambas um percurso sem saída que obrigará a voltar para trás todo o caminho até então percorrido. Se é sacrifício? Nenhum mesmo! Estamos nas montanhas e com panoramas privilegiados. Em modo curva e contra curva, com o piso a dar-nos largas à condução. Poderíamos percorrê-las quantas vezes fosse necessário, sem nunca entediar!






Pernoitámos a cidade de Granada, às portas do Parque Natural da Sierra Nevada, onde o ponto mais alto da Andaluzia se encontra. Granada é uma cidade repleta de locais espantosos para visitar. Recomendamos por isso que, caso ainda não lhe conheça os encantos, adicione mais uma noite ao seu roteiro e dedique um dia inteiro em modo turista, em vez de mototurista, pelas ruas da cidade.

O que visitar em Granada
- Alhambra Palace
- Miradouro de San Cristóbal
- Palácio de los Córdova
- Generalife
- Abadia de Sacramonte
- Bairro Albaiacin
- Miradouro de San Nicolás
Alojamento em Granada
- Hotel Granada Center (a nossa opção)
- Vincci Albayzin
- Hotel Alixares
- Hotel Corona de Granada
- Barceló Granada Congress
Dia 4 – Granada – Parque Natural da Sierra Nevada – La Alpujarra – Pampaneira – Soportujar – Trevelez – Canjayar – Tices – Bacares – Puerto de Velefique – Cabo da Gata – Almeria | 380 km (7 horas de condução em estradas secundárias)
Quanto mais próximos do Norte de África, mais semelhanças encontramos entre a Andaluzia e os ares do continente vizinho. Deixámos Granada para trás, certos de que regressar com mais tempo era obrigatório. Seguimos para sudeste, seguindo os contornos do Parque Natural da Serra Nevada pela fabulosa Rota das Alpujarras.

Um percurso carregado de estradas sinuosas de alta montanha, que nos leva a conhecer a vertente mais rural e tradicional de toda a região. Pequenas aldeias aninhadas nas encostas, com vistas para os picos nevados da serra, onde em qualquer lado se encontra o produto rei na zona: o jamon serrano (presunto).



As 2 melhores estradas de montanha da Andaluzia
No extremo este do parque natural, a paisagem que até então era verde e de vegetação abundante, em poucas curvas se revela repleta de contrastes. Agora o horizonte é e montanhas inóspitas, despidas de vegetação, de tons ocre e alaranjados bem ao estilo do deserto.
Por lá, encontrámos as duas melhores estradas que tivemos oportunidade de percorrer pela Andaluzia: Puerto de Velefique e Santillana. São os momentos uauu do dia, do roteiro e da Andaluzia.




Parque Natural do Cabo da Gata, Almeria
A caminho do pôr-do-sol em mais um final de dia, seguimos para o mar, no Parque Natural do Cabo da Gata. Estávamos no ponto mais este do nosso roteiro. Com o Mediterrâneo de um lado e as salinas, estufas de tomates a perder de vista e os pântanos do parque natural do outro. Chegámos ao farol empoleirado num rochedo e ao fim do percurso.
Por entre pequenas aldeias de pescadores e alojamentos de férias que em época baixa se assemelham a locais fantasma, desfrutámos do silêncio e da tranquilidade de um pôr-do-sol à beira mar.



Alojamento em Almeria
- Barceló Cabo de Gata (a nossa opção)
- NH Ciudad de Almería
- Elba Almeria Business & Convention Hotel
- Sercotel Gran Fama
Dia 5 – Almeria – Nijar – Lucaiena de las Torres – Circuito de Almeria – Deserto de Tarbernas – Guadix – Deserto de Gorafe – Úbeda – Baeza | 320 km (5 horas de condução em estradas secundárias)
Um novo dia pela Andaluzia e um itinerário completamente diferente. Assim meio que desajustado quando traçado no mapa, mas cujas voltas e voltinhas que representa se encontram devidamente justificadas! São resultado deste nosso modo exaustivo e procura alucinada pelos melhores locais para percorrer de mota.
As pequenas estradas multiplicam-se e o rumo a seguir nem sempre se revela o mais óbvio. As paisagens oferecem algo de novo a cada curva e os locais de interesse histórico tornam-se demasiados para um só dia. Entramos nas entranhas do Deserto de Tabernas e nas paisagens que servem de cenário de filmagem para os filmes do faroeste. A Mini Hollywood em plena Europa.


Do Deserto de Tabernas, rumo à Sierra de Baza e ao Deserto de Gorafe, entrámos numa nova rota do megalítico e num dos locais mais fascinantes do nosso roteiro (mais info aqui). Há sempre aqueles locais especiais que nos ficam cravados na memória. Gorafe é um deles.


Úbeda e Baeza são as cidades que se seguem. Ambas classificadas como Património Mundial da UNESCO pelos monumentos que se impõe pelos seus centro históricos. Foi por Baeza que terminámos o dia. Deambulando pelas ruas rodeadas de laranjeiras carregadas de fruto e de olho na montanha no horizonte que percorreríamos no dia seguinte: a Sierra de Mágina.

Alojamento em Baeza
- TRH Ciudad de Baeza (a nossa opção)
- Hotel Puerta de la Luna
- Hostal Aznaitin
Dica:
É possível visitar dois parques temáticos que servem de cenários para os filmes de Hollywood. Como qualquer turista curioso, tentámos visitar os dois. Esperávamos ter de pagar um bilhete para entrada, mas fomos surpreendidos pelos valores cobrados. Entre 22€ a 27€ por pessoa para visitar um pequeno espaço com semelhanças ao faroeste pareceu-nos demasiado. Apreciámos as vistas ao longe e seguimos o nosso caminho! Se valeria a pena? Suspeitamos que não, mas poderemos estar enganados. Fica a informação.
Dia 6 – Baeza – Sierra Mágina – Córdoba | 180 km (3 horas de condução em estradas secundárias e auto estradas)
Um roteiro que faça justiça aos tesouros da Andaluzia, deve incluir uma passagem pela monumental cidade de Córdoba. Quando pensamos em cidades turísticas, a tendência é desconfiar se devemos estacionar a mota ou fugir para as montanhas mais próximas. No caso de Córdoba, é certo que por lá é obrigatório estacionar e demorar. A cidade é, na sua maior parte, um conjunto histórico e artístico, de riqueza e valor difíceis de quantificar. Cada esquina das suas ruas assemelha-se a um postal ilustrado e o património que a cidade ostenta com orgulho encanta-nos a cada visita.
O que visitar em Córdoba
- Ponte Romana
- Praça do Triunfo
- Mesquita de Córdoba
- Medina Azhara
- Bairro Judeu
- Alcazar de los Reyes Cristianos
Alojamento em Córdoba
Dia 7 – Córdoba – Batalha | 500 km (6 horas de condução em estradas secundárias e auto estradas)
A caminho do Oeste e de regresso a casa. Esta foi a etapa final do nosso roteiro de viagem de mota pela Andaluzia. Pela cidade de Córdoba terminou o nosso modo de passeio.
Esta é uma das regiões mais bonitas e acolhedoras de Espanha. Do verde ao dourado, do azul do mar ao ocre das montanhas, a Andaluzia marca a diferença pelas suas tradições culturais e gastronómicas e, acima de tudo, pela diversidade de cenários que oferece. Boas curvas.
Informações práticas sobre uma viagem de mota pela Andaluzia
Quando ir
Quando ir é para nós uma questão directamente relacionada com o clima. Na prática uma viagem de mota pela Andaluzia é possível durante todo o ano. No entanto, sugerimos que visite a Andaluzia nos meses de Outono (Setembro, Outubro, Novembro) e Primavera (Março, Abril e Maio), de modo a evitar as temperaturas extremas do Verão que facilmente atingem os 40º.
Circulação nas estradas
Todas as estradas por onde percorremos quilómetros e quilómetros de boas curvas, revelaram-se de extrema qualidade. Pequenos ou grandes itinerários, por esta região da Andaluzia todos se encontram não menos do que excelentes. Por lá , é dar largas à condução e desfrutar dos panoramas que oferecem. Com algumas excepções na região de Cádiz, Jerez de La Frontera e Marbella (locais não incluídos no presente roteiro), por toda a Andaluzia estradas secundárias e auto estradas são de circulação gratuita.
Seguro de viagem
Sempre foi nosso hábito fazer um seguro de viagem quando cruzamos fronteiras, mesmo para um pequeno fim de semana. Apesar da assistência em viagem da nossa mota, é importante ter consciência que um seguro de viagem é muito mais completo, abrange muito mais circunstâncias e conta com capitais seguros infinitamente superiores em caso de necessidade. Já para não falar que, nas viagens com pendura, a assistência do seguro da mota é praticamente inexistente. Para esclarecer melhor esta questão consulte aqui o nosso artigo já publicado.
Agora, nesta fase de pandemia, paira no ar a questão do Covid-19 que poderá deixar-nos mais apreensivos para fazer grandes planos ou cruzar fronteiras. Assim, indicamos que todos os planos da IATI Seguros incluem todas as despesas em caso de resultado positivo durante a viagem ou na véspera de partida. Pelo que, se já considerávamos importante não sair sem um seguro de viagem, agora recomendamos ainda mais.
Para os dias deste roteiro, existem planos a por pessoa a partir de 20 Eur. Pelo valor simbólico não vale a pena arriscar a cruzar fronteiras sem uma salvaguarda em caso de problemas. Por seres nosso leitor, ao seguires este link ainda estarás a ajudar o blogue a continuar o seu projecto e receberás 5% de desconto no valor total da apólice. Simula abaixo os valores para as datas da tua viagem.
Mapa detalhado do roteiro de viagem de mota pela Andaluzia
Para consultar o mapa em detalhe, clique sobre ele ou utilize o canto superior direito para abrir directamente na página do Google Maps. Poderá fazer o zoom necessário para ver a rota em pormenor ou exportar para o GPS como preferir. Clicando no canto superior esquerdo, é também possível ler a legenda do mapa em detalhe. Pretende utilizar este mapa no seu aparelho de navegação e não sabe como o fazer? Consulte aqui o nosso artigo já publicado.
Há uma misticidade que acompanha qualquer roteiro pela Andaluzia. Não importa quantas vezes a visitaremos, terá sempre algo de novo e excepcional para nos revelar. Em breve partilhamos outros artigos detalhados sobre as regiões a não perder, por aquele que é um dos nossos destinos de eleição.
- De Bacares a Puerto de Velefique – Melhores estradas de Espanha
- Deserto de Gorafe e a Rota do Megalítico, Andaluzia
- Deserto de Tabernas e a pequena Hollywood
- Estrada panorâmica das Alpujarras – Parque Natural da Serra Nevada
- Antequera e El Torcal – Rota do Megalítico
- Ruta de Los Pueblos Blancos – Puerto de Las Palomas
- Parque Natural do Cabo da Gata – Nijar
Vocês são um espetáculo a escrever e descrever, Patrícia e João. Continuem assim. Bjs/abc e boas curvas.
João muito obrigado pelo comentário 🙂 sempre bom ouvir/ler isso 😉 Boas curvas!
Tenho de vos agradecer, quando foi para os picos usei parte da vossa informção e neste passeio as fotos e descrição deixaram-me com muita vontade de fazer alguns dos percursos. MUITO obrigado pelas vossas descrições dos passeios
Ola Rui! Que bom que sim 😉 Siga para Andaluzia.. é um espectáculo! Boas curvas 😉
Tambem estou a pensar ir no inicio de Maio, sempre é proibido os intercomunicadores em Espanha? obrigado
Também temos visto essa questão nos grupos, supomos que sim pelas multas que aparecem.. mas sem certezas. Os nossos são um sistema antigo por cabos, acredito que os ”mãos livres” devam ser utilizados com prudência quando requerem que se tire as mãos do guiador. É melhor confirmar com quem saiba melhor 🙂
Andaluzia, na minha opinião, é a região mais bela da Espanha!
Estou de regresso de uma Volta pela Andaluzia com base no vosso guia.
É a segunda vez uso os vossos roteiro como base para as minhas voltas. No ano passado foi a Viagem a Marrocos.
A Andaluzia é mesmo espectacular e as fotografias dificilmente ilustram o que se vive pelas fabulosas estradas que por lá se encontram.
De todo o percurso apenas achei desinteressante a passagem por Almeria.
Informo também que na ligação de Almeria a Baéza, o percurso entre Alcudia de Gualdix e Hérnan-Valle se encontra em muito mau estado, sendo apenas apropriado para motos Adventure. Na minha TDM 900 com pneus de estrada, foram 16 Kms de castigo.
Felicito-vos pelo fantástico trabalho que têm vindo a realizar no relato de viagens destas paragens. têm sido uma inspiração e uma inquietação 🙂
Boa tarde José! Muito obrigado pelo seu feedback e parabéns pela aventura! Em relação às suas questões, inserimos Almeria no roteiro pois queríamos terminar o dia no Cabo da Gata a ver o pôr do sol no mediterrâneo. Almeria foi um local onde encontramos bom alojamento a bom preço e o ponto de paragem para nós com sentido. Em relação a ao percurso em mau estado, sim não é das melhores estradas, mas quando por lá passámos o dia estava lindíssimo e até gostámos bastante de o fazer. Com calma e com pneus de estrada também eheh Mais uma vez obrigado pelo seu comentário e que continuemos a conseguir inquietar 😉 Boas curvas!
Oi oi.
Apenas uma pergunta rápida. Existe neste trajecto praias fluviais onde se possa fazer umas tardezinhas de praia?
Abraço
Vando suponho que sim, mas como não estivemos despertos a isso, não sei precisar…
Somos um grupinho de amigos que dá umas voltas, temos pagina no facebook. Vomo não encontravamos nada de especial colocamos o nome “Sempre em cima de duas”. Desde á algum tempo que seguimos a vossa pagina, e sem querer ser “graxista” :-), a vossa pagina é do melhor que já vi, e quase todas as vossas publicações são partilhadas por nós.
Continuação de boas curvas
Olá Valdemar! Muito obrigado pela mensagem, pela partilha e muito boas curvas para todos! 😉
Olá Quilómetro Infinito, parabéns pelas vossas partilhas, uma verdadeira inspiração. É possivel partilharem ou enviarem-me o mapa detalhado deste roteiro da Andaluzia? Já não está disponivel no site e gostava de garantir que iria usar as mesmas estradas. Obrigado e boas viagens! Miguel